Intersemiótica, semântica e polissemia em A morte e a morte de Quincas Berro d'Água
Resumen
O presente trabalho objetiva identificar e compreender a intersemiótica (por meio da tradução), a semântica e a polissemia existentes nas obras A morte e a morte de Quincas Berro d’Água e Quincas Berro d’Água: a primeira, um romance escrito por Jorge Amado, lançado em 1959; a segunda se refere à sua adaptação audiovisual, dirigida pelo cineasta baiano Sérgio Machado, no ano de 2010. Tem-se, assim, além de um aspecto intertextual, a intenção de uma abordagem subversiva dos significados do vocábulo polissêmico selecionado, dentro da concepção intersemiótica. Neste tipo de tradução, também conhecida como transmutação, quando há a passagem da linguagem verbal para a não verbal (no caso estudado, de um livro para um filme), é possível entender o processo tradutório de modo mais amplo, aberto a interpretações, apoiado nas possibilidades existentes ao tradutor – concepção entendida, defendida e difundida por teóricos como Jacques Derrida, Stanley Fish e Walter Benjamin, por meio da escola desconstrutivista, em oposição aos ideais logocentristas.
Citas
AMADO, Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro d’Água. Posfácio de Affonso Romano de Sant’Anna. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
A MORTE E A MORTE DE QUINCAS BERRO D’ÁGUA. Direção: Sérgio Machado. [S.I.]: Imagem Filmes, 2010. 1 DVD (101 min.).
ARROJO, Rosemary. As relações perigosas entre teorias e políticas de tradução. In: Tradução, desconstrução e psicanálise. Rio de Janeiro: Imago, 1993, p. 27-33.
AULETE, Francisco J. Caldas; VALENTE, Antonio Lopes dos Santos. Dicionário online Aulete. 2016. Disponível em: http://www.aulete.com.br/. Acesso em: 16 jan. 2023.
BATORÉO, Hanna. Como não ‘por os pés em ramo verde’ ou do papel da polissemia na construção do sentido. In: Graça Maria; Olívia Maria Figueiredo e Fátima Silva (Coord.). Rio-Torto. In: Estudos em Homenagem ao Professor Mário Vilela, Porto, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, p. 237-251. 2005.
BENJAMIN, Walter. The task of the translator. In: ____. Illuminations: essays and reflections. New York: Schocken Books, 1968. P. 69-82.
CRUZ, Décio Torres. As escolhas na tradução: the sequel. In: Estudos linguísticos e literários, v. 39, Salvador, EDUFBA, p. 129-182, jan./jun. 2009.
DERRIDA, Jacques. A escritura e a diferença. Trad. Maria Beatriz M. N. da Silva. São Paulo: Perspectiva, 1971. 252p. (Col. Debates, 49). Título original: L’écriture et la différance.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 5. ed. Curitiba: Positivo, 2010.
FISH, Stanley. Is there a text in this class? The authority of interpretative communities. Cambridge, Mass; London: Harvard UP, 1980.
FUNDAÇÃO CASA DE JORGE AMADO. Jorge Amado: biografia. 2020. Disponível em: http://www.jorgeamado.org.br/?page_id=24. Acesso em: 10 de jan. 2023.
GUERN, Michel Le. Semântica da metáfora e da metonímia. Porto: Telos, 1973.
HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2009.
JAKOBSON, Roman. (1959): On linguistic aspects of translations. In: VENUTI, L. (Ed.). The translation Studies Reader. Londres e Nova Iorque: Routledge, p. 113-118, 2020.
KOCH, I. V.; CUNHA-LIMA, M. L. Do Cognitivismo ao Sociointeracionismo. In: MUSSALIN, F., BENTES, A. C. (Orgs). Introdução à Linguística: Fundamentos epistemológicos. v. 3, São Paulo: Cortez, 2004. p. 251-300.
LAKOFF, George. The contemporary theory of metaphor. In: A. Ortony (Ed.). Metaphor and Thought. Cambridge: Cambridge University Press [second edition]. 1993, p. 202-251.
LAKOFF, George; JOHNSON, M. Metaphors we live by. Chicago: The University of Chicago Press, 1980.
LAKOFF, George; JOHNSON, M. Metáforas da vida cotidiana. Mercado de Letras: São Paulo, 2002.
PAZ, Octavio. Tradução: literatura e literalidade. Edição bilíngue. Ensaio traduzido por Doralice Alves de Queiroz. Belo Horizonte. FALE/UFMG, 2009. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/vivavoz/data1/arquivos/traducao2ed-site. pdf. Acesso em 16 de mar. 2023.
PRIBERAM. Dicionário da Língua Portuguesa. 2008-2013. Disponível em: https://www.priberam.pt. Acesso em: 16 de mar. 2023.
RAMOS, E. Elizabeth Ramos: depoimento. [10 de abril, 2012]. Bahia - Ciência e Cultura – Agência de Notícias em C&T. Entrevista concedida a Edvan Lessa. Disponível em: www.cienciaecultura.ufba.br/agenciadenoticias/entrevistas/elizabeth-ramos/. Acesso em: 05 de jan. 2023.
SANTOS, Ione Aires. Um estudo sobre a metonímia como um processo cognitivo. In: Percursos Linguísticos, Goiabeiras Vitoria – Espirito Santo, v. 5, n. 2, p. 40-56, 2012. Disponível em: http://periodicos.ufes.br/percursos/article/view/3568/2846. Acesso em: 05 de jan. 2023.
SILVA, António de Morais. Grande Dicionário da Língua Portuguesa – com Acordo Ortográfico. Porto: Porto Editora, 2010.
SILVA, Augusto Soares da. Uma breve introdução a um novo paradigma em linguística. Revista Portuguesa de Humanidades, v. 1, n. 1, p. 59-101, 1997.
SILVA, Marcos Alexandre Sena da. A morte e a risada em Quincas Berro d’Água: um estudo sobre a audiodescrição num filme de comédia. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura. Salvador: UFBA, 2018.
ULLMANN, Stephen. Semântica: uma introdução à ciência do significado. Traduzido por J. A. Osório Mateus. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1964.
VENUTI, Lawrence. The translator’s invisibility: a history of translate. London/New York: Routledge, 1995, p. 148-186.
MACHADO, Sérgio. Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rgio_Machado. Acesso em: 13 de jan. 2023.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Revista Científica Sigma
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.