Cosmobiodiversidade em 'A queda do céu': narrativas e dissonâncias

Resumo

Buscamos investigar como a ideia de cosmobiodiversidade pode ser vista em A queda do céu (2015), de Kopenawa e Albert. Para isso, traçaremos um paralelo entre as linguagens apresentadas na obra, o espaço dos povos indígenas no universo artístico brasileiro e os efeitos econômicos, ambientais e religiosos dos contatos dos Yanomami com os brancos. Metodologicamente, abordamos o livro sob um viés qualitativo bibliográfico, além de consultarmos contribuições de estudiosos interessados na temática proposta, como Almeida (2009) e Castro (2015). Assim, notamos que as narrativas relatadas por Kopenawa e Albert contribuem para ressignificar e combater olhares voltados para os povos originários da Floresta Amazônica, desenraizando as ideias colonizadoras de indígenas como selvagens carentes de salvação religiosa e da Amazônia como campo aberto para a caça de recursos naturais.