Chamada aberta para envio de artigos: Dossiê - Línguas de Sinais: acessibilidade, emergência e práticas pedagógicas inclusivas

24.06.2022

A Revista Científica Sigma (ISSN 1980-0207), do Instituto de Ensino Superior do Amapá (IESAP), disponível em https://iesap.edu.br/ojs/index.php/sigma, convida a comunidade acadêmica a submeter artigo para eventual publicação no Dossiê - Línguas de Sinais: acessibilidade, emergência e práticas pedagógicas inclusivas.

As reflexões sobre inclusão no mundo em geral e, em particular no Brasil, um país de dimensões continentais e de grandes desigualdades sociais, remontam o início do século XX. Por essa razão, é essencial discutirmos a relevância dos estudos na área da surdez na perspectiva linguística, mas, sobretudo, da emergência e acessibilidade a fim de conceber a inclusão como uma miríade de possibilidades incondicionais que inclua a todos e a cada um, independente de sexo, idade, religião, origem étnica, raça, deficiência, com oportunidades iguais e estratégias diferentes para cada um, de modo que os sujeitos possam se desenvolver e se engajar socialmente de maneira justa e igualitária.

Assim, a palavra acessibilidade é um dos pontos fundamentais quando o assunto diz respeito à inclusão, pois ela pode ser definida como a qualidade do que é acessível, alcançável e que viabiliza ao indivíduo o acesso a um conjunto de políticas e ações de inclusão social. Nesse sentido, é necessário compreendermos que a acessibilidade precisa assegurar não só a segurança e integridade física dos indivíduos com deficiência física, mas também viabilizar o engajamento social de todos os sujeitos na vida em sociedade, por meio de práticas pedagógicas inclusivas. Tais práticas se fazem essenciais, pois é a sociedade que limita as pessoas com deficiência, ao inviabilizar e limitar os engajamentos sociais desses indivíduos, em função das suas limitações que vão desde a incapacidade de se locomoverem de um lugar para outro à dificuldade de realizar tarefas consideradas simples por alguns, como falar ou ouvir nos caso específico da surdez.

Em um mundo construído linguisticamente sobre a premissa da linguagem vocal e escrita, a exclusão imposta aos surdos decorre ainda da incompreensão limitada de sua língua e identidade. No caso das Línguas de Sinais Emergentes, línguas minoritárias e micro-comunitárias, situadas geograficamente longe dos grandes centros, a estigmatização é mais acentuada, pois se tratam de línguas percebidas ainda como mímicas, linguagens caseiras e de menor prestígio social, por não serem a forma majoritária e institucionalizada produzida e aprendida dentro da academia. A maioria das pesquisas sobre essas línguas está relacionada ao campo da linguística e, principalmente, da sociolinguística. Embora o aspecto linguístico seja importante, ainda é necessário dar visibilidade para pesquisas que discutam também o aspecto social e inclusivo, pois o estudo dessas línguas tem a consequência de legitimá-las, de preservá-las, de modo a compreender não apenas sua estrutura linguística, mas também para incluí-las como parte da tipologia linguística.

Nesse sentido, pensando na divulgação de novos estudos sobre Línguas de Sinais, a proposta deste dossiê consiste em reunir pesquisas de cunho linguístico, educacional e pedagógico que tratem de questões relacionadas às áreas da Acessibilidade, da Inclusão, das Línguas de Sinais Emergentes e das Práticas Pedagógicas Inclusivas, sob diferentes perspectivas teóricas e metodológicas.

Serão aceitos artigos inéditos, nas seguintes línguas: portuguesa, inglesa, espanhola e francesa, os quais serão submetidos à avaliação mediante o sistema de revisão por pares mantendo o anonimato dos revisores e do(s) autor(es), e cujos resultados serão enviados aos autores de forma exclusiva pelo sistema da Revista.

 

Prazo para recebimento dos manuscritos: 30 de set de 2022.

Previsão para publicação do dossiê: 31 de dez de 2022.

 

Organizadores

 

Profª Drª Anne Carolina Pamplona Chagas (UFPA/EA)

Prof. Dr. Mário Benjamin Dias (UFPA/EA)

Prof. Dr. Olivier Le Guen (Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social - CIESAS/México)

 

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[ENGLISH]

The Revista Científica Sigma (ISSN 1980-0207), from the Higher Education Institute of Amapá (IESAP), available at https://iesap.edu.br/ojs/index.php/sigma, invites the academic community to submit an article for eventual publication in the Dossier - Sign Languages: inclusion, accessibility, emergence and inclusive pedagogical practices.

Reflections on inclusion all over the world and in Brazil specifically, a country of continental dimensions and great social inequalities, date back to the beginning of the 20th century. For this reason, it is essential to discuss the relevance of studies in the domain of deafness from a linguistic perspective, but, above all, of emergence and accessibility in order to consider inclusion as a myriad of unconditional possibilities that include every and each one, regardless of sex, age, religion, ethnic origin, race, disability, with equal opportunities and different strategies for everyone, so that the individuals can develop and engage socially in a fair and equitable way.

Thus, the notion of accessibility is one of the fundamental points when it comes to inclusion, as it can be defined as the quality of what is accessible, attainable and which enables the individual to access a set of policies and actions for social inclusion. In this sense, it is necessary to understand that accessibility needs to ensure not only the safety and physical integrity of individuals with physical disabilities, but also enable the social engagement of all subjects in life in society, through inclusive pedagogical practices. Such practices are essential, as it is society that limits people with disabilities, by preventing and limiting the social engagements of these individuals, due to their handicaps, ranging from the inability to move from one place to another to the difficulty of performing tasks considered simple by many, such as speaking or hearing in the case of deafness for instance.

In a world linguistically constructed largely on vocal and written languages, the exclusion imposed to the deaf still stems from the misunderstanding and misconceptions of their language and identity. In the case of Emerging Sign Languages, minority and micro-community languages, located geographically far from major centers, stigmatization is even more accentuated, as they are still perceived as mimic languages, home languages and of lesser social prestige, as they are distinct from the majority and institutionalized form produced and learned within the academy. Most of the research on these languages is related to the field of linguistics and, especially, sociolinguistics. Although the linguistic aspect is important, it is still necessary to give visibility to researches that also discusses the social and inclusive aspect, since the study of these languages has the consequence of legitimizing them, of preserving them, in order to understand not only their linguistic structure but also to include them within the linguistic typology.

In this regard, thinking about the dissemination of new studies on Sign Languages, the purpose of this special issue is to bring together linguistic, educational and pedagogical research that address issues related to the areas of Accessibility, Inclusion, Emerging Sign Languages and Inclusive Pedagogical Practices, from different theoretical and methodological perspectives. 

Unpublished manuscripts will be accepted in the following languages: Portuguese, English, Spanish and French. Each paper will be submitted for evaluation through a peer review process, maintaining the anonymity of the reviewers and the author(s), and results will be sent to authors exclusively through the Journal's system.

 

Deadline for receiving manuscripts: September 30, 2022.

Forecast for publication of the dossier: December 31, 2022.

 

Organizers

 

Profª. Drª. Anne Carolina Pamplona Chagas (UFPA/EA)

Prof. Dr. Mario Benjamin Dias (UFPA/EA)

Prof. Dr. Olivier Le Guen (CIESAS)

 

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[ESPAÑOL]

La Revista Científica Sigma (ISSN 1980-0207), del Instituto de Educación Superior de Amapá (IESAP), disponible en https://iesap.edu.br/ojs/index.php/sigma, invita a la comunidad académica a enviar un artículo para su eventual publicación en el Dossier - Lenguas de Señas: inclusión, accesibilidad, emergencia y prácticas pedagógicas inclusivas.

Las reflexiones sobre la inclusión en el mundo en general y en Brasil en particular, país de dimensiones continentales y grandes desigualdades sociales, remontan a los principios del siglo XX. Por ello, es fundamental discutir la pertinencia de los estudios en el campo de la sordera desde perspectiva lingüística, pero, sobre todo, considerando la emergencia y la accesibilidad para concebir la inclusión como un sinfín de posibilidades incondicionales que incluyen a todos y todas, independientemente del sexo, la edad, la religión, el origen étnico, la raza o el tipo de discapacidad, con igualdad de oportunidades y estrategias diferenciadas para cada uno, permitiendo a los sujetos desarrollarse y relacionarse socialmente de manera justa y equitativa.

Por lo tanto, la noción de accesibilidad es uno de los puntos fundamentales cuando se habla de inclusión, ya que se puede definir como la cualidad de lo que es accesible, alcanzable y que permite al individuo acceder a un conjunto de políticas y acciones de inclusión social. En este sentido, es necesario comprender que la accesibilidad debe garantizar no solo la seguridad e integridad física de las personas con discapacidad física, sino también posibilitar el compromiso social de todos los sujetos de la vida en sociedad, a través de prácticas pedagógicas inclusivas. Tales prácticas son esenciales, ya que es la sociedad la que limita a las personas con discapacidad, al impedir y restringir el compromiso social de estos individuos, debido a sus limitaciones, que van desde la imposibilidad de moverse de un lugar a otro, hacía la dificultad de realizar las tareas consideradas como simples para muchos, como hablar o escuchar en el caso específico de la sordera.

En un mundo construido lingüísticamente sobre la premisa del lenguaje vocal y escrito, la exclusión impuesta a los sordos aún proviene en gran parte de la incomprensión de este tipo de lengua y su identidad. En el caso de las Lenguas de Señas Emergentes, lenguas minoritarias y microcomunitarias, ubicadas geográficamente lejos de los grandes centros urbanos, la estigmatización es aun más acentuada, pues se las percibe como lenguas mímicas, idiosincráticas y de menor prestigio social, al ser distintas de las lenguas de señas mayoritarias e institucionalizadas producidas y aprendidas dentro de la academia. La mayor parte de la investigación sobre estas lenguas está relacionada con el campo de la lingüística y, en especial, de la sociolingüística. Si bien el aspecto lingüístico es importante, aún es necesario dar visibilidad a investigaciones que también discutan el aspecto social e inclusivo, ya que el estudio de estos lenguajes tiene como beneficios legitimarlos, preservarlos, para comprender no solo su estructura lingüística pero también para incluirlos como parte de la tipología lingüística.

En este sentido, pensando en la difusión de nuevos estudios sobre Lenguas de Señas, el propósito de este número especial es reunir investigaciones lingüísticas, educativas y pedagógicas que aborden cuestiones relacionadas con las áreas de Accesibilidad, Inclusión, Lenguas de Señas Emergentes y Prácticas Inclusivas pedagógica, desde diferentes perspectivas teóricas y metodológicas.

Serán aceptados manuscritos inéditos, en los siguientes idiomas: portugués, inglés, español y francés, que serán sometidos para evaluación a través del sistema de revisión por pares, manteniendo el anonimato de los dictaminadores y del o de los autor(es), y cuyos resultados serán enviados a los autores exclusivamente a través del sistema de la Revista.

 

Fecha límite de recepción de manuscritos: 30 de Setiembre de 2022.

Previsión de publicación del dossier: 31 de Deciembre de 2022.

 

Organizadores

 

Profª. Drª. Anne Carolina Pamplona Chagas (UFPA/EA)

Prof. Dr. Mario Benjamin Dias (UFPA/EA)

Prof. Dr. Olivier Le Guen (CIESAS)

 

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[FRANÇAIS]

Le Revista Científica Sigma (ISSN 1980-0207), de l'Institut d'enseignement supérieur d'Amapá (IESAP), disponible sur https://iesap.edu.br/ojs/index.php/sigma, invite la communauté universitaire à soumettre un article pour publication éventuelle dans le Dossier - Langues des signes: inclusion, accessibilité, émergence et pratiques pédagogiques inclusives.

Les réflexions sur l'inclusion dans le monde et au Brésil en particulier, pays aux dimensions continentales et aux fortes inégalités sociales, remontent au début du XXe siècle. Malgré cela, il s’agît toujours d’un thème essentiel à discuter en termes de pertinence par rapport aux études dans le domaine de la surdité dans une perspective linguistique, mais aussi de l'émergence et de l'accessibilité afin de concevoir l'inclusion comme une myriade de possibilités inconditionnelles qui soient inclusives et ce indépendamment du sexe, de l'âge, la religion, l'origine ethnique, la race ou le handicap, donnant des chances égales et des stratégies différentes pour chacun, afin que les sujets puissent se développer et s'engager socialement de manière juste et équitable.

Pour cette raison, la notion d’accessibilité est l'un des points fondamentaux en matière d'inclusion, car elle peut être définie comme la qualité de ce qui est accessible, atteignable et qui permet à l'individu d'accéder à un ensemble de politiques et d'actions d'inclusion sociale. En ce sens, il est nécessaire de comprendre que l'accessibilité doit assurer non seulement la sécurité et l'intégrité physique des personnes handicapées physiques, mais aussi permettre l'engagement social de tous les sujets dans la vie en société, à travers des pratiques pédagogiques inclusives. De telles pratiques sont essentielles, car c'est la société qui limite les personnes en situation de handicap, en empêchant et en réduisant les engagements sociaux de ces personnes, du fait de leurs limitations, allant de l'incapacité à se déplacer d'un lieu à un autre ou à la difficulté d'accomplir des tâches considérées simples par certains, comme parler ou entendre dans le cas précis de la surdité.

Dans un monde linguistiquement construit sur les prémisses du langage vocal et écrit, l'exclusion imposée aux sourds découle encore de l'incompréhension de leur langue et de leur identité. Dans le cas des langues des signes émergentes, langues minoritaires et micro-communautaires, situées géographiquement loin des grands centres, la stigmatisation est plus accentuée, car elles sont encore perçues comme des langues mimiques, des langues d'origine et de moindre prestige social, cela car elles se distinguent des langues signées majoritaires et institutionnalisées produites et apprises au sein de l'académie. La plupart des recherches sur ces langues relèvent du domaine de la linguistique et, surtout, de la sociolinguistique. Bien que l'aspect linguistique soit important, encore faut-il donner de la visibilité à des recherches qui abordent également l'aspect social et inclusif, puisque l'étude de ces langues a pour conséquence de les légitimer, de les préserver, afin de comprendre non seulement leur structure linguistique, mais aussi de les inclure dans la typologie linguistique.

C’est dans ce sens, afin de promouvoir la diffusion de nouvelles études sur les langues des signes, que l'objectif de ce dossier vise à rassembler des recherches linguistiques, éducatives et pédagogiques qui abordent des questions liées aux domaines de l'accessibilité, de l'inclusion, des langues des signes émergentes et des pratiques inclusives pédagogique, à partir de différentes perspectives théoriques et méthodologiques.

Les manuscrits soumis pourront être acceptés, dans les langues suivantes : portugais, anglais, espagnol et français, et seront soumis à évaluation par le biais du système d'évaluation par les pairs, en maintenant l'anonymat des examinateurs et du ou des auteurs, et les résultats seront envoyés aux auteurs exclusivement via le système de la Revue.

 

Date limite de réception des manuscrits: 30 septembre 2022.

Prévision de publication du dossier: 31 décembre 2022.

 

Les organisateurs

 

Profª. Drª. Anne Carolina Pamplona Chagas (UFPA/EA)

Prof. Dr. Mario Benjamin Dias (UFPA/EA)

Prof. Dr. Olivier Le Guen (CIESAS)